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Guerra, Estratégia e Armas


Sábado, 21.09.19

Ataque dos Drones Russos do Irão

 

O ataque em massa perpetrado por 18 ou mais drones de desenho e fabrico russo ou iraniano contra instalações petrolíferas sauditas pode ter causado vítimas, mas em custo não causou prejuízos dado que o petróleo bruto aumentou logo em 20%, pelo que proporciona uma receita imensamente superior ao custo dos estragos sofridos pelos sauditas.

Os drones que os Hutis dizem ter lançado são de modelo russo Samad 1,2 e 3 mais o Qasef 2.

Em termos dimensionais este foi o maior ataque perpetrado por material sem piloto e inaugura a guerra do futuro sem soldados, apenas com oficiais condutores de equipamento aéreo, terrestre ou submarino sem guarnições e, portanto, sem expor a vida dos combatentes atacantes.

Não é que não haja defesa contra drones. O exército português possui uma arma tipo caçadeira que dispara balas cartucheiros que espalham uma nuvem de esferas de aço capazes de atingir qualquer drone. Se forem disparadas por um pelotão de 33 homens ou companhia de 150, o céu pode ficar de tal maneira coberto de das referidas esferas que todos os drones serão atingidos e, como tal, destruídos ou desviados do seu objetivo.

Esse tipo de bala tipo caçadeira pode ser utilizado por artilharia ligeira de longo alcance depois do ataque ser detetado por radares. Além disso, a observação contínua por satélite permite identificar a origem do local de saída dos drones e responder com material idêntico ou mísseis a qualquer ataque.

Entramos agora num guerra armamentista em que a cada novo drone arranja-se uma defesa mais eficaz e a inteligência artificial pode ser utilizada em ambas as ações bem como as radiações laser capazes de desviar drones do seu curso programado.

Nas guerras, o primeiro ataque de surpresa é sempre muito eficaz, mas o segundo já não.


Os japoneses conseguiram afundar muitos navios em Pearl Harbour quando atacaram de surpresa porque os americanos não tinham montado um sistema de vigilância com patrulhas aéreas a grande distância das ilhas Hawai, a fim de advertirem os seus caças da presença de aviões atacantes.

Mas, quando foi do ataque a Midway, meses depois, os japoneses sofreram uma derrota tão pesada que se pode dizer que praticamente perderam num dia a guerra pois foram afundadosseus principais porta aviões.

 

 

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por DD às 16:28

Segunda-feira, 02.09.19

Rui Rio Vai Comprar uma Guerra

 

Esta manhã apanhei um susto. Estava a sorver o meu café Delta quando ouvi na RDP 1 o Rui Rio a falar e a dizer que vai comprar uma guerra.

Assustei-me e fiquei aflito, uma guerra neste país tão pacífico e fiquei indignado, o gajo não disse onde é que ia comprar a GUERRA.

Sai depois de casa e fui à loja Dia que pertence a um oligarca amigo do Putin e pensei como este anda com tantas manias de armas fantásticas talvez tivesse algo no retalho e perguntei se vendiam guerras. O rapaz da caixa ficou espantado e disse que não conhecia essa marca e nunca vendeu nada com essa marca.

Ao lado há uma loja dum chinês que até está aberta ao Domingo. Entrei e perguntei se vendia guerras. O china não percebeu e fiz-lhe então aquele gesto do Bolsonaro com os braços a imitar uma espingarda e disse pum, pum. Uma guerra percebeu com muitos pum, puns,

Ah! respondeu o chinoca, uma guella quer? Sim, sim disse-lhe eu. Na, na, aqui no vender guella, só em Hong Kong.

Está bem, não vou a Hong Kong, é muito caro, e só queria saber o preço da guella chinesa.

Depois fui ao Continente novinho perto da minha rua e perguntei ao guarda fardado de tropa especial com o telemóvel à cintura e perguntei se a empresa vende guerras. O gajo olhou-me como se estivesse a ver um louco e perguntou para que queria eu uma guerra. É que, respondi, o Rui Rio quer comprar uma guerra e não sei onde se vende. Mas quem é esse Rui Rio? Perguntou o guarda, nunca ouvi falar nele e, de qualquer modo, o grupo Sonae na vende guerras em Portugal.

Já desesperado de ver o Rui Rio fazer uma guerra sozinho fui ao Pingo Doce e aí perguntei a um operador de loja se vendia guerras. Respondeu-me que em Portugal não vende disso, mas talvez na Colômbia tenham a distribuição das guerras da FARC ou das milícias paramilitares e estejam a vender a retalho, mas ao certo não sei.

Enfim, fui perguntar ao meu vizinho coronel que estava a sair apoiado numa bengala para ir a um café e perguntei: sr. coronel, onde é que se pode comprar uma guerra em Portugal? Porra, respondeu-me, isso de guerras é só para as direitas e você é socialista ou já virou?

Não, disse-lhe, ouvi o Rui Rio dizer que ia comprar uma guerra. Ó Pá, eu estou reformado e já não sei nada de guerras, mas talvez em Tancos, vá lá ver se ainda vendem qualquer coisa ou talvez em Alcochete, ao lado do campo de tiro, há lá um centro comercial do exército que tem tudo, munições, granadas, canhões com e sem recuo, G-3, cópias israelitas da Kalashnikovs, etc. Talvez lhe vendam alguma coisa.

Obrigado Sr. Coronel e passe bem o Domingo.

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por DD às 23:20

Sexta-feira, 30.08.19

Pacto Germano-Soviético

 

No passado dia 23 fez 80 anos que os ministros dos estrangeiros alemão e russo, Ribentrop e Molotov, assinaram o Pacto Germano-Soviético de Não Agressão e um protocolo secreto que conferia à URSS a conquista e posse de parte da Polónia, Lituânia, Letónia, Finlândia e Roménia.

Com a certeza de que tinha a URSS como aliada, Hitler ordenou a conquista da parte ocidental da Polónia que era composta por muitos territórios ex-alemães e cedidos no âmbito do tratado de Versalhes.

Quinze dias depois, Estaline manda as suas tropas invadir a parte oriental da Polónia e as citadas repúblicas bálticas e anexar a Moldávia que fazia então parte da Roménia. Um pouco mais tarde invade a Finlândia e o exército vermelho vê-se aflito na guerra de inverno contra os valentes finlandeses que se defenderam muito bem e infligiram pesadas perdas aos russos soviéticos.

O protocolo secreto foi conhecido pelo Reino Unido e a França que concluíram que Hitler foi obrigado a ceder muito espaço geográfico à URSS, mostrando fraqueza e daí terem declarado guerra à Alemanha

Por outro lado, as dificuldades enfrentadas pelo exército russo na Finlândia foram interpretadas por Hitler como sinal de fraqueza, pelo que que considerou que poderia invadir e conquistar rapidamente a URSS. Aparentemente o ditador, ex-cabo e ex-sem abrigo alemão, desconhecia o essencial da geografia da Europa e Ásia soviética pelo que se lançou ao ataque a toda a gente para acabar como um cão morto e queimado no jardim do seu abrigo subterrâneo em Berlim.

Hoje, os polacos e os bálticos não esquecem isso, tal como sabem o que aconteceu com a conquista da Crimeia e da região mineira e siderúrgica ucraniana de Donetsk e pedem aos EUA e aos países da quase desmantelada NATO para se instalarem nos seus territórios, a fim de terem a certeza que uma invasão da Rússia de Putin seria uma guerra com os EUA

Mas, consta dos mentideros da política internacional que há também um Pacto Trump-Putin de não agressão mútua e daí Trump ter-se afastado da Europa e ter dito aos europeus que se defendam.

Os polacos organizaram já uma milícia nacional que deverá vir a ter um milhão de rapazes e raparigas dotadas com uniforme camuflado, Kalashnikov e armas antitanques porque sabem que Putin nunca irá utilizar a arma atómica e as suas armas modernas sem o nuclear só servem para gastar dinheiro e tirar o pão e a manteiga da boca dos seus cidadãos, mas o nuclear é impossível de ser utilizado porque permitiria uma resposta não americana e americana

Quer dizer, os americanos forneceram a vários aliados como Alemanha, Bélgica, Holanda, Itália e mais não sei quem a bomba nuclear B 61 que pode ser lançada de avião a grande distância com orientação automática por GPS. Essas bombas têm duas palavras passes que estão na mão dos americanos, uma para a tornar utilizável e outra para destruir o sistema de detonação, desarmando-a completamente.

Os exercícios das milícias e exército polaco são sempre contra os homenzinhos verdes que seriam os separatistas falsamente polacos que quereriam fazer a Polónia sair da Nato como aconteceu com a Ucrânia e sabem que a guerra moderna com armas automáticas, inteligência artificial, etc. necessita de botas no terreno, a não ser que se opte pela destruição nuclear que não seria consentida pelo mundo inteiro.

Putin tem de meter na cabeça que a época do colonialismo ou prisão de nações como dizia Lenine do Império do Czar acabou.

Assim como não cabe na cabeça de nenhum português conquistar Angola e Moçambique, nenhum russo pode imaginar a reconquista do ao seu império soviético e dos países satélites. Há páginas na História que se voltaram para sempre.

 

 

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por DD às 15:54

Terça-feira, 01.01.19

Dieter Dellinger: Andaluzes querem Guerra contra Portugal e como a Liberdade está em Risco

A extrema direita fascista andaluza pretende conquistar uma parte de Portugal do Algarve a Cacilhas para formar uma República Federal Andaluza.

Já foi criada a referida entidade enquanto estado virtual, mas admitem que no caso da independência da Catalunha venham a criar a Andaluzia que está retratada no mapa, à qual falta acrescentar o Rif marroquino.

Para Portugal, isso só seria possível no âmbito de uma situação de guerra, pelo que temos de dizer a verdade: o crescente fascismo na Europa, incluindo o da Espanha e nas Américas pode provocar uma guerra a nível internacional extremamente perigosa, principalmente para países pacíficos e pouco armados como Portugal e muitos outros.

Divulgar e combater o ou os autores desta ideia andaluza é fundamental para a defesa da Pátria, cuja Constituição considera crime gravíssimo a alienação de parte do seu território e que deverá incluir no futuro também a venda de bens estratégicos como a EDP, REN, ANA, etc. que são ativos estratégicos da Pátria.

O conhecido Álbum das Caras americano onde toda a gente escrevia começou vida nova por influências institucionais obscuras e bloqueou a colocação deste post que representa o ponto de vista livre de uma cidadão português de ascendência paterna alemã e daí o nome.

O referido álbum é ou era um espaço individual de liberdade em que o cidadão anónimo no sentido lato do termo - que não é uma figura pública -  tinha a liberdade de manifestar as suas ideias em defesa ou contra algo. Neste caso é em defesa de Portugal contra ideias absurdas vindas da Andaluzia.

Quem esteja a ler isto perguntará, então porque foi bloqueado. Eu respondo que, presumo, neste início de ano "big brother" que o sistema de inteligência artificial que censura o Álbum das Caras não é inteligência nenhuma e orienta-se apenas por palavras, além de nada saber de geografia e não perceber que a ideia andaluza era a velha ideia espanhola de anexar uma parte de Portugal como quis nos tempo napeolónicos Godoy, o amante da reina de Espanha, para ser princípe dos Algarves.

Assim, fiquei bloqueado por sete dias, mas não sei dizer se voltarei a escrever nessa coisa americana.

Saliento que já tinha sido bloqueado por me ter insurgido contra a greve das enfermeiras às cirurgias e ter reproduzido a frase da bastonária que em linguagem sinonimial dizia: a referida ausência de funções poderiam causar o fim existencial de muitas pessoas que necessitava das intervenções que não foram feitas.

A utilização de sinónimos - principalmente sob a forma de termos de duplo sentido - no referido álbum tem o objetivo de enganar o tradutor automático do sistema para inglês que não sabe contextualizar certas palavras, deixando o sistema de IA sem agulha para onde apontar.

O cidadão da rua nas democracias tem a chamada liberdade institucional que geralmente é pouca ou nenhuma. Pode escolher organizações partidárias, seguir outras de caráter sindical, mesmo que ponham vidas em perigo ou periguem a economia da Pátria de modo a impedir que todos tenham um acesso a uma digna vida social. Além disso, o cidadão julga-se livre por ter acesso aos meios de informação institucionais que se orientam por determinados objetivos políticos e ideias dos seus proprietários. Como tal, enganam o cidadão como o aparelho judiciário o engana ao acusar pessoas que podem nem chegar a ser julgadas e que ficam fora de uma corrida eleitoral, por exemplo.

Saliento aqui o caso de Lula da Silva, acusado de ter aceite uma promessa de oferta de um apartamento, o célebre duplex, que não foi concretizada e que não há prova alguma que a referida promessa foi feita e, menos ainda, aceite. Há uma delação premiada, mas não há um documento escrito, um registo notarial e não houve qualquer ocupação do espaço prometido. Se não existisse o objetivo de retirar Lula da corrida eleitoral, qualquer procurador experava por uma das referidas concretizações.

Por isso, Lula foi afastado da corrida ao Palácio do Planalto na qual estava confortavelmente em primeiro lugar, o que afastou outros candidatos potencialmente fortes, e acabou por produzir a eleição de um candidato da segunda ou terceira divisão política, o Jair Bolsonaro que não se sabe como poderá governar sem ter um único governador federal do seu lado nem uma maioria no Senado e Câmara dos Representantes. Para se impor tem apenas dois instrumentos: a ameaça militar e a justiça que pode tornar arguido qualquer governador ou membros de um governo federado, sendo que muitos são corruptos, mas todos devem ter apagado as possíveis provas e não creio que haja escutas de conversas em telefones que possam deduzir qualquer tipo de crime.

Enfim, o cidadão pode escolher um partido ou candidato, mesmo que não goste de nehum, ler jornais e revistas que não gosta, ouvir noticiários das televisões e rádios deturpados, repetidos e que não gosta e não receber informações que lhe poderiam ser úteis ou abrir o espírito para mais do que os tristes desastres nas estradas,

O último espaço para um cidadão expor as suas ideias é constituído pelos blogs e não sei por quanto tempo. Por enquanto os meus blogs são pouco lidos e, como tal, não importunam qualquer instituição. Mas se não for assim no futuro, não sei o que acontecerá.

Seria interessante que o "Sapo" fizesse uma espécie de livro das caras em português que fosse intitulado "Fórum da Cidadania Livre" como já existiu na SIC, mas que Pinto Balsemão acabou precisamente por ser livre e ele estar naturalmente ao serviço do PSD.

Claro, podia ser esse ou qualquer outro nome desde não reproduzisse o nome americano por causa de direitos de autor.

 

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por DD às 15:43

Sexta-feira, 27.04.18

Dieter Dellinger - Comentário "A Vitória de Trump"

 

 

 

Donald Trump é um presidente populista, mentiroso, arrogante e altamente imprevisível. Como tal suscita temor a uns e pouca credibilidade a outros. No fundo é um segundo Ronald Reagan que derrotou a URSS com uma ideia estapafúrdia, a da Guerra das Estrelas.

Trump sempre quis travar os avanços da Coreia do Norte no campo do nuclear militar e na construção de mísseis balísticos intercontinentais, sabendo, como toda a gente, que por de trás da Coreia do Norte está a China que mantém relações comerciais intensas e fornece muito do que o país necessita e importa e exporta.

Há quem acredite que o armamento nuclear do Norte tem origem parcial ou total na China que admitiria um conflito nuclear por interposto país. Mas, se todos pensarem bem, o nuclear militar não tem qualquer sentido, é quanto muito um conjunto de armas de resposta, pelo que não servem para o ataque e a Coreia do Norte nunca poderia destruir os EUA, podendo suceder o contrário, os americanos podem anular a capacidade nuclear do Norte. Todavia, a arma termonuclear dá um estatuto de potência e importância a qualquer país e regime político. É, no fundo, uma arma diplomática a nível mundial.

Os EUA possuem 6.800 ogivas e 450 mísseis de grande alcance, enquanto a China terá 260 ogivas e 62 mísseis. A diferença numérica não tem sentido e é quase uma igualdade, dado o enorme poder destruição de cada ogiva. Em caso de guerra seria como uma pessoa morrer com duas balas ou com 20.

Por isso, a questão nuclear é secundária e os EUA não entrariam em conflito militar com a China, mas não toleram a ideia de uma guerra nuclear por interposto país, nomeadamente a destruição nuclear das suas base de Guam e Hawai e, talvez, San Diego na Califórnia. Responderiam contra a Coreia do Norte, mas não contra a China que seria o instigador de um ataque no caso de os EUA quererem impedir a conquista de Taiwan e o domínio de todos os mares frente à China.

A China é a nação mais gigantesca do Mundo em população e tropa numerosa, cuja conquista não interessa a ninguém como não interessa a ninguém outras conquistas.

Trump ameaçou, mas não se meteu em qualquer conflito militar. Em vez disso, fez aquilo que os chineses não esperavam, desencadeou uma GUERRA COMERCIAL. Há poucas semanas ou dias as alfândegas passar a exigir 25% do valor do aço importado pelos EUA e 10% do alumínio. Além disso, Trump anunciou que mais de 120 artigos diversos - tidos como cópias de inventos americanos - seriam taxados a valores elevados se não pagarem royalties ou direitos de autor. Estão aí quase todos os telemóveis, computadores e muita coisa mais da Huawei e outras empresas chinesas. Uma verdadeira catástrofe para a China.

Foi instantâneo, a Coreia do Norte deixou imediatamente de lançar os seus perigosos mísseis que passavam por cima do Japão e nunca mais fez explodir qualquer ogiva nuclear de ensaio. Em vez disso lançou a mão ao presidente Mon Jae da Coreia do Sul com a participação de desportistas do Norte nos Jogos Olímpicos de Inverno e agora com o abraço fraternal na fronteira. Ambos os presidentes defenderam as duas Coreias desnuclearizadas, apesar de muita gente não acreditar que Kim o faça. Pelo menos pode congelar o desenvolvimento do seu armamento que deveria custar uma fortuna para uma nação com uma área ligeiramente superior à de Portugal e cerca de 24 milhões de habitantes, enquanto a Coreia do Sul tem uma área semelhante e 48 milhões de habitantes e é uma potência económica mundial que produz tudo desde os maiores navios do Mundo aos mais pequenos smartphones de pulso tipo relógio e um grande concorrente da China e do Japão nas suas exportações. Os sul coreanos já vendem mais automóveis na Europa que o Japão.

O PIB per capita da Coreia do Sul é ligeiramente superior ao português (multiplicado por 48 milhões no total), sendo da ordem dos 25 mil dólares, enquanto o do Norte anda pelos 2.500 dólares, mas não “desperdiça” em milhões de automóveis e aparelhagem eletrónica pessoal, exceto televisores que o regime de Kim necessita para comunicar ao minuto com o seu povo.

Kim já convidou Donald Trump a visitar o seu país ou a encontrar-se com ele como fez ao presidente do Sul.

Para além da questão comercial que é de importância vital, a China, cujo crescimento está em desaceleração, necessita de uma imensa reconversão industrial para não se afundar numa poluição quase mortal para a sua população.

A Coreia do Norte pretende a saída das tropas americanas da Coreia do Sul, o que não seria qualquer problema dado que o sul possui muita tecnologia e forças armadas muito bem armadas com material moderno não nuclear. Nada que se compare com a situação de 1950 quando o Norte invadiu um Sul quase desarmado. Além de que num improvável conflito, os aliados americanos estariam em poucas horas a lançar os seus mísseis de cruzeiro contra bases e centrais nucleares norte-coreanas.

Curiosamente, a Coreia do Sul nunca defendeu a unificação como fazia a Alemanha Ocidental que cortava relações diplomáticas com todos os países que reconheciam a Alemanha Oriental e sempre defendeu a integração do leste na sua República Federal como veio a acontecer há 28 anos. Por outro lado, talvez Kim não deve querer ser o líder de um protetorado da China como foi a Coreia durante séculos ou uma segunda Cuba impossibilitada de exportar e importar.

Por último, há a questão da mãe do presidente da Coreia do Sul que estava retida no Norte e suponho que tenha tido autorização de se juntar ao filho. A não ser assim, seria tudo uma farsa hipócrita.

Ao contrário da Coreia do Norte, a Alemanha Oriental ou Comunista deixou sair todos os reformados para o Ocidente. Assim, o Estado Oriental Alemão poupava nas reformas e nos cuidados de saúde e espaço habitacional. Já nos anos 50, a RFA já era tão rica que pagava a reforma de todos os idosos vindos do Oriente e cuidados de saúde, lares, etc., mesmo à minha avó que veio para Portugal.

 

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por DD às 17:41

Terça-feira, 26.12.17

Guerra na Coreia: Pouco Provável em 2018

 

 

 

 

Muitos futurólogos admitem a possibilidade de se desencadear uma guerra entre a Coreia do Norte e os EUA.

Pode ser que Kim Jong Un seja demente e esteja confrontado com outra figura não muito melhor, Donald Trump.

Mas se a Kim ninguém se atreve a dar um conselho que não seja do seu agrado, relativamente ao Trump há o Senado, a Câmara dos Representantes e muita gente normal à sua volta.

A questão dos mísseis e armas nucleares foi herdada pelo Kim do seu pai que sucedeu ao avô do jovem ditador comunista. Só que, familiares e outras personalidades do regime julgavam que, pela sua idade, Kim iria ser uma espécie de mandarete dos mais velhos quando se revelou afinal uma pessoa sedenta do poder e disposto a tudo internamente.

É sabido que mandou matar o tio e, aparentemente, a tia mais uma série de generais e pessoas altamente colocadas no partido único e até o irmão, assassinado na Malásia por agentes femininas dos seus serviços secretos.

Mas, para reforçar o seu poder, principalmente em relação ao seu gigantesco exército, Kim necessita de uma situação conflitual que una todos os coreanos do norte á sua volta e daí as provocações com o lançamento de mísseis balísticos que passam por cima do Japão. Uma ameaça que está a levar o Japão a alterar a sua Constituição para reforçar o seu potencial bélico e até fabricar armas nucleares.

A Guerra da Coreia terminou há 65 anos, sem que tenha havido qualquer reacendimento e, além disso, não resultou de uma invasão ocidental, mas do ataque surpresa dos norte coreanos que em poucos dias conquistaram Seul, a capital do Sul, e ocuparam quase toda a Coreia do Sul com exceção de uma extremidade no sul.

A pedido da Coreia do Sul e da ONU, os americanos e outras nações intervieram e desembarcaram num porto perto de Seul, conquistando a capital num ápice, ficando em vias de cercar todo o exército norte coreano que se retirou imediatamente para o norte e os americanos chegaram ao rio Yalu que faz fronteira com a China.

Verificou-se de seguida a intervenção da China que mandou mais de um milhão de soldados mal armados, mas pelo número tinham muito peso. Os americanos recusaram entrar mesmo em guerra com a China e recuaram até ao paralelo 38 que fazia fronteira entre as duas Coreias.

A guerra continuou, mas parada, até se assinar um cessar-fogo e chineses e russos retiraram-se, enquanto permaneceu até hoje o estado de guerra com cessar-fogo sem grandes incidentes militares.

65 anos é muito tempo para que se possa dizer que há algo a alterar e a Coreia do Sul tornou-se na mais industrializada e próspera pequena nação do Mundo, a avaliar pelo muitos carros sul coreanos que circulam nas nossas estradas, nos televisores Samsung e no imenso material que exportam.

Kim sabe da derrota imensa do Japão quando atacou os EUA e os seus "aliados", a China e a Rússia nada têm a ganhar com uma guerra. Os chineses sofriam sanções e acabariam as exportações para o Ocidente e a Rússia não iria conquistar nada nem chegar aos EUA, o que não lhe deve interessar.

Na atualidade, as provocações de Kim servem para os americanos aperfeiçoarem os seus sistemas antimísseis, algo que tanto chineses como russos não podem ouvir, apesar de também possuírem meios do género. Dizem que só em volta de Moscovo há dezenas de baterias e radares antiaéreos e antimísseis de grande alcance apesar de não se conhecer bem a sua eficácia.

Enfim, uma guerra provocada por Kim só serviria para destruir a Coreia do Norte e provocar vítimas em mais países. Uma bomba nuclear nos EUA seria respondida com mais de uma dezena na Coreia do Norte que passaria a ser um quase deserto.

Por sua vez, uma guerra convencional com uma ameaça mútua de disparo de armas nucleares seria uma derrota imediata das forças de Kim que são numerosas, mas mal equipadas com material velho e pilotos e guarnições de tanques e artilharia pouco treinados para não gastar o material. Até as Kalshnikovs são velhas e o pessoal não dispara muito para não as estragar.

Enfim, a ameaça de Kim serve apenas para manter o complexo militar-industrial americano a funcionar, o que obriga russos e chineses a acompanhar e, como tal, a gastar recursos que deveriam servir para melhor a vida do povo.

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por DD às 19:29

Sábado, 25.11.17

Da Espuma Branca da Cerveja Carlsberg nasceu a Bomba Atómica.

Parece asneira, mas é verdade. O capitalista dinamarquês J. C. Jacobsen fundador da cervejeira Carlsberg fez uma fortuna colossal na segunda metade do século XIX com a sua empresa que hoje é proprietária de todas as fábricas portuguesas de cerveja e muitas centenas no Mundo.

Em 1876, Jacobsen criou uma Fundação para o desenvolvimento da ciência com um capital de um milhão de coroas dinamarquesas.

Nos anos vinte e trinta do século XX, o notável físico dinamarquês Niels Bohr passou a ser financiado pela fundação Carlsberg que recebeu muito mais dinheiro e a própria enorme mansão do milionário que serviu para residência do físico e dos muitos físicos que convidava para seminários e congressos ou simples discussões sobre a física do átomo. Um dos frequentadores habituais da mansão foi Albert Einstein, apesar Bohr não comungar das ideias do então físico alemão.

A Niels Bohr deve-se a descrição do chamado átomo quântico ou apenas átomo com o seu núcleo de protões e neutrões e os orbitais de eletrões. O termo quântico resulta de que as dimensões ínfimas existentes nos átomos obedeciam a múltiplo da constante de Planck que determinou dimensões insuscetíveis de serem menores.

A matéria é constituída por átomos quânticos e seus isótopos com diferentes números atómico ou número de neutrões, sendo radioativos e emissores da radiações alfa, gama e neutrónica.

A partir desta arquitetura estabelecida definitivamente por Niels Bohr descobriu-se que a compressão de átomos radioativos, principalmente de urânio U 238 enriquecido com o seu isótopo instável U 235 podia provocar-se uma reação de fissão produtora de calor quando controlada com barras de grafite que absorvem neutrões em excesso, já que estes aumentam a capacidade dos seus átomos vizinhos para se desintegrarem.

Sem o controle e sob a compressão produzida por explosivos convencionais num tubo ou bola de aço muito forte dá-se a tenebrosa explosão atómica.

Com o dinheiro da cerveja Carlsberg, Niels Bohr pôde trabalhar à vontade sem a obrigação de dar aulas numa universidade ou prestar contas seja a quem for. Bastou que tivesse ganho o prémio Nobel para ser um pesquisador livre.

Claro, nem a Carlsberg, nem Niels Nohr, pensavam numa bomba, mas nos anos trinta deu a conhecer as suas descobertas que foram aproveitadas pelo físico alemão Otto Hahn para experiências com miligramas de Urânio.

Otto Hahn não viu nas suas experiências a possibilidade de fazer uma arma, mas a sua assistente Lise Meitner viu e foi para os EUA com os resultados das pesquisas de Bohr e Hahn, convencendo Albert Einstein, então nos EUA, a escrever ao presidente Roosevelt da possibilidade de fazer uma bomba que iria destruir uma cidade inteira ou duas no Japão.

Roosevelt perguntou a um dos seus assistentes quem era esse senhor Einstein. Disseram-lhe que era um físico que tinha ganho dois prémios Nobéis. De imediato, Roosevelt convocou um conselho científico com os cientistas das forças armadas dirigidos pelo general Grooves e um a dois anos antes do início da guerra de 1939 decidiram iniciar o célebre projeto Manhatan que deu origem às bombas que explodiram em Hiroshima e Nagasaqui e que tornaram o Mundo extremamente perigoso para todo o sempre.

Os físicos alemães também iniciaram trabalhos para obterem a fissão ou reação nuclear, mas não descobriram o material isolante que permitia fazer um reator nuclear e manipular os seus componentes à vista sem se apanhar com a radioatividade. Também nos seus cálculos nunca conseguiram determinar o modo como provocar a fissão nuclear.

Quis o destino que os ingleses, julgando os alemães muito adiantados na matéria resolveram fornecer-lhes o segredo do material isolante que era a água pesada explorada na Noruega. Durante a guerra mandaram uma equipe de comandos sabotar o local de onde se aproveitava a água pesada que imediatamente alertou toda a comunidade científica alemã e que antes tinha uma reduzida aplicação como desinfetante e antibiótico primitivo.

Foi uma estupidez que poderia ter causado graves danos ao Reino Unido se Hitler tivesse chegado á posse da bomba.

Os ingleses não precisavam de sabotar a água pesada porque voando por cima das minas alemãs de minérios de Urânio poderia observar a quantidade de Urânio que estava a ser extraída e durante toda a guerra foi quase zero. Além disso, podiam medir do ar as pequenas quantidades de radioatividade que os referidos minérios libertavam e acompanhar o trajeto do mesmo para algum laboratório.

Sabiam pois que nunca foi retirado qualquer quantidade significativa de Urânio das minas da Saxónia. Simplesmente, Hitler não acreditou na possibilidade de se fazer uma bomba nuclear, deixando os físicos mais velhos trabalharem e mobilizando os mais jovens para a tropa alemã.

Curiosamente, o prémio Nobel tem a ver com a guerra, pois resulta da imensa fortuna acumulada pelo sueco Alfred Nobel, inventor do dinamite e de toda a série de explosivos largamente utilizados em duas guerras mundiais que mataram quase 100 milhões de seres humanos.

Em princípio um pacifista nunca devia aceitar um prémio Nobel que ainda hoje é concedido com os dinheiros ganhos pela empresa Dynamit Nobel AG, Nobel Chemie, entre outras, que ainda fornecem explosivos aos mais diversos exércitos.

Informação Ínicial: "O Átomo Quântico" - Edição Especial da revista "National Geographic".

 

 

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por DD às 19:08

Sábado, 18.11.17

Portugal vai Substituir a Velha G-3

 

O concurso para aquisição de quase 15 mil armas de guerra – desde espingardas de assalto a metralhadoras ligeiras ou lança-granadas – será lançado até ao final do ano.

O negócio, previsto na Lei de Programação Militar 2015-2026, ascende a 40,2 milhões de euros e será feito através da NSPA, a agência da NATO que coordena as ‘compras’ de material militar dos países-membros. Evita-se assim qualquer suspeita de corrupção, pelo menos portuguesa.

A maior parte deste armamento destina-se ao Exército e vai substituir as velhinhas G3, que já não são fabricadas e cuja renovação era aguardada pelos militares há quase 20 anos. Aliás, todo o processo negocial será acompanhado pelo Chefe do Estado Maior do Exército, em quem o ministro da Defesa Nacional delegou a prática de "todos os atos necessários à execução contratual.

As forças que têm participado em missões no estrangeiro têm utilizado pequenos lotes de armas estrangeiras e mais modernas que as G-3 como a israelita Galil que aguenta mergulho na água e o pó dos desertos com o calibre Nato de 5,56 mm, mas tem como defeito ser bastante pesada. Razão pelo que os israelitas só a fabricam para exportação. Na verdade a Galil é uma cópia da arma soviética AK-47 (Kalashnikov) ligeiramente melhorada. Os israelitas recrutam tropas com 17 anos de idade, já treinadas nas escolas com tiro real a partir dos 15 anos, pelo que o peso é importante, enquanto os miúdos palestinianos de 12 anos manejam muito bem as velhas Kalashnikovs.

Além disso, o exército também usa um lote de uma arma suíça, a SIG SG 540 também de calibre 5,56 mm que foi agora substituída por um modelo mais moderno o SG 550.

Estas duas armas são operadas a gás, isto é, uma parte do gás formado com a explosão do cartucho volta para trás através de um tubo ligado ao cano e faz mover o carregador para disparar de imediato outra bala logo a seguir à expulsão do cartucho.

O problema que o Governo tem de examinar, nomeadamente, as chefias militares é saber quanto tempo vai durar o calibre 5,56 mm, dado que dizem os especialistas que a bala mata pouco e tem dificuldade em atravessar os coletes balísticos. Talvez fosse melhor esperar por uma decisão da Nato quanto às armas ligeiras e calibres do futuro próximo para Portugal não adquirir uma arma obsoleta se a mudança de calibre e arma for feito dentro de poucos anos.

As chefias militares também podem estudar a aquisição de armas em stock não usadas de outros exércitos como a americana M-4 que é descendente da A 10 utilizada pelos paraquedistas nas guerras coloniais, mas como o calibre 5,56 mm. A mudança de calibre a nível NATO terá custos exorbitantes, mas ter armas pouco letais também tem os seus custos, tanto mais que não se esperam guerras com armas pesadas, mas apenas pequenos conflitos em que a arma de infantaria é principal com viaturas semi-blindadas como os Humvee ou ligeiramente blindadas como os Pandur.

Para já, parece que a G-3 mata mais devido ao seu maior calibre que se traduz em maior peso e carregadores com menos

 

 Foto: Espingarda Galila fabricada em Israel como cópia da AK-47

 

 Militares Canadianos com a SIG SG 540 de fabrico suíço

 

 

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por DD às 23:25

Quinta-feira, 26.10.17

Dieter Dellinger: A Revolução de Outubro

 

Vladimir Ilitch Ulianov em quase 94 anos de velório.  Caso único em toda a História da Humanidade, o grande líder é um eterno morto vivo ou vivo morto que continua assim apesar de as suas ideias terem em parte já morrido, mas continua a ser a maior atração turística da cidade de Moscovo e símbolo da Revolução de Outubro (e Novembro).

 

No próximo dia 7 de Novembro fará  precisamente 100 anos que pelas 22 horas na então cidade de Petrogrado, a capital do Império Russo, o cruzador “Aurora” disparou uns tiros a dar o sinal para que a guarnição militar da cidade reforçada com marinheiros da base naval de Kronstadt e numerosos militantes do partido “Bolchevique” liderados por Liev Davidovitch Bronstein se lançarem ao assalto ao Palácio de Inverno e prenderam os ministros do governo provisório de Alexander Kerensky que na altura estava de visita a uma frente de batalha.

A revolução começou por ser de 25 de Outubro no antigo calendário Juliano  e assim ficou denominada, mas teve lugar a 7 de Novembro por o governo do líder bolchevique Vladimir Ilitch Ulianov ter aderido ao calendário Gregoriano do Papa Gregório XIII de 1582. cujos astrónomos recomendaram  a passagem do então 4 de Outubro de 1582 para o 15 de Outubro, a fim de acertar o ano e que é o das potências ocidentais e do Mundo em gerla com uma diferença de 11 dias. Portugal com a Itália, a Espanha e a Polónia foram as primeiras nações a utilizarem o calendário Gregoriano. qu

A noite estava fria e a cidade debaixo de um vento que gelava toda a gente. Os defensores do Palácio constituídos por uma pequena guarnição que muitos historiadores designaram de cadetes do exército, mas que eram na verdade militantes do Partido Constitucional Democrata, abreviadamente conhecidos por cadetes (constitucionais democratas), que com o Partido Revolucionário Socialista, o Partido Social Democrata Menchevique, grupos de anarquistas e militares tinham revoltado as forças militares que defendiam o Imperador Nicolau II, proclamando um governo provisório entre os liberais Constitucionais e os referidos partidos de esquerda já representados no parlamento Duma, a 27 de Fevereiro (depois 12 de Março) que produziu de imediato a abdicação do Imperador que foi detido cinco dias depois para não fugir para a Inglaterra.

A revolução de Outubro foi sobretudo a consequência da tomada do comando das forças de Petrogrado por Liev Davidovitch Bronstein, um intelectual e pensador revolucionário, presidente do Comité Militar do Partido Bolchevique, que assumiu o comando militar da Revolução e da guerra civil que se seguiu até ser expulso do PCUS em 1924 e assassinado no México em 1940 às ordens Iossif Vissarionovitch Djugashvil.

A tomada concretizou-se no dia seguinte com a autonomeação de Vladimir Ulianov para presidente do Conselho de Comissários do Povo. A ação militar em Petrogrado foi quase simultânea com a dos camaradas de Moscovo, pelo que de repetente as duas principais cidades de uma gigantesca Rússia rural ficaram na mão dos bolcheviques com o apoio de grande número de soldados e marinheiros e oposição de militares que iniciaram uma complicada guerra civil, mesmo depois de Ulianov ter firmado um cessar fogo e um tratado de Paz com a Alemanha do Kaiser em Brest-Litovsk.

A guerra tinha sido para os russos um tormento insuportável e só na última tentativa de alcançarem uma vitória com a ofensiva do general Brassilol, os russos perderam mais de um milhão de homens entre mortos, feridos e capturados.

Vladimir Ulitch Ulianov era um marxista revolucionário convicto para quem o chamado “Comunismo de Guerra” com a nacionalização do comércio, pequenas e grandes empresas em que muitas eram estatais como caminhos de ferro, estaleiros navais, fábricas de material de guerra e ferroviário, etc. seria apenas uma fase provisória.

Ao mesmo tempo permitiu que os camponeses ocupassem as terras da grande nobreza latifundiária, apesar de ter havido antes uma reforma agrária que distribuiu pelos camponeses metade das anteriores grandes propriedades, orientada por um primeiro ministro do Imperador, reacionário, mas conhecedor das realidades e julgava encontrar nos novos proprietários um apoio à autocracia.

Ulianov não pretendia uma ditadura perene do seu partido, mas provisória até que o próprio Estado fosse substituído por conselhos de camponeses, operários e militares e que esses governassem a Rússia e queria libertar as muitas nacionalidades do Império que sempre designou por “Prisão de Nações”. Contudo, ordenou a conquista da Ucrânia tornada numa República do tipo soviético (Rada em ucraniano) e dirigida por um partido irmão, mas não subordinado.

De qualquer modo, o fundamento da praxis de Vladimir Ulianov teve dois pontos cardiais, o fim imediato da Guerra e do Czarismo e a implantação do novo regime.

Mas, no essencial Vladimir Ulianov observou a I. Guerra Mundial e viu com espanto que os Estados em guerra foram capazes de fabricar quantidade fantásticas de materiais para matarem os seus povos como munições, canhões, espingardas, navios de guerra e aviões que tiveram um desenvolvimento extraordinário durante a guerra e que o capitalismo só por si não seria capaz de conseguir.

Para Vladimnir Ilitch Ulianov, se o Estado faz tão bem materiais para matar, deveria poder fazer melhor tudo o que o povo necessitasse, tanto em bens de consumo como em estradas, habitações, barragens, produção de energia elétrica, canais, etc.

Uma vez no poder, Ulianov viu que se enganou porque em 1917 os bens de consumo eram quase todos de fabrico artesanal e as coisas só funcionavam com uma troca crescente entre bens alimentares fornecidos às cidades e bens industriais ou de consumo aos camponeses. Nesse aspeto, com uma agricultura em crise por causa da guerra e pequenas oficinas e fabriquetas nacionalizadas e abandonadas pelos mestres patrões, a crise agravou-se. Os arquivos mostram que Ulianov chegou a Petrogrado com o apoio alemão e a Alemanha chegou a fornecer cereais para aplacar a fome em Petrogrado e Moscovo.

Ganha a guerra civil contra as forças “brancas” e fuzilada a família imperial, Vladimir Ulianov quis fazer marcha atrás e realizar aquilo que designou por NEP ou Nova Política Económica para deixar os artesãos e pequenos camponeses trabalharem e comercializarem os seus produtos, enquanto o Estado se dedicaria aos setores mais pesados e importantes da economia.

No fundo, Ulianov era para ser um Deng Xiau Ping da Rússia, mas em 1922 sofreu um derrame cerebral e perdeu as suas qualidades, acabando por morrer demasiado cedo e o poder foi para Iossif Djugashvili que era então o Comissário para as Nacionalidades e secretário do partido para as questões de pessoal. Detinha pois o poder de nomear e fazer com que nos Congressos do PCUS os delegados lhe fossem maioritariamente favoráveis.

Com esse poder, Djugashvili liquidou nas purgas do anos trinta os seus aliados e amigos como Kamenev e muitos outros, sendo, como tal, o único revolucionário de Outubro que morreu na cama depois de Vladimir Ilitch e continuou o “Comunismo de Guerra” de tal modo que nem com a sua morte acabou.

Só a auto dissolução do partido e declaração de independência da Rússia em relação às nacionalidades aprisionadas é que acabou com o caráter ditatorial do regime comunista. Não foi, por exemplo, o Kazaquestão, a Arménia, a Ucrânia, etc. que se declararam independentes, foi a Rússia que se libertou das Repúblicas, já formalmente independentes, mas antes sob o jugo do partido único comum a todos os territórios federados e partes da União.

 

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por DD às 16:56

Terça-feira, 02.05.17

Dieter Dellinger: THAAD: Japão e Coreia do Sul consideram que os mísseis balísticos da Coreia do Norte podem matar 115 milhões de japoneses e 50 milhões de coreanos do sul.

 

Os chineses exigem a suspensão "imediata" do sistema anti mísseis norte-americano THAAD na Coreia do Sul, avançou a agência Lusa, sem pressionarem o ditador Kim Ung a suspender os seus ameaçadores e perigosos testes com mísseis nem o fabrico de bombas nucleares.

A China não reconhece o direito sagrado de qualquer país em defender a vida dos seus cidadãos.

Washington anunciou que o THAAD já está em funcionamento, para responder ao programa de mísseis norte-coreano. Geng Shuang, porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, afirmou: "Opomo-nos à instalação do sistema THAAD na Coreia do Sul. Apelamos às partes que parem essa instalação imediatamente e tomaremos fortemente as medidas necessárias para defender os nossos interesses".

A instalação do THAAD foi decidida por Washington, e Seul, em Julho do ano passado, depois dos testes com mísseis que a Coreia do Norte realizou. Segundo a Euronews, o sistema está instalado a 250 km de Seul e permite intercetar misseis balísticos.

Pequim, capital da China, tem vindo a protestar contra a instalação do sistema pois considera-o uma ameaça ao território. Washington e Seul afirmam que a instalação é uma medida de precaução, face aos testes nucleares que a Coreia do Norte tem realizado.

Esta segunda-feira foi anunciado por um responsável norte-americano que o "escudo THAAD" está operacional e atingiu "a sua capacidade inicial de interceção" de mísseis.

Donald Trump, o presidente norte-americano, considerou "apropriado" que fosse Seul a pagar o sistema. Este terá custado perto dos mil milhões de dólares – cerca de 917 milhões de euros. De acordo com o Pentágono – sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América – o sistema anti mísseis é "meramente defensivo", permitindo um maior nível de proteção comparativamente ao dispositivo existente. O Pentágono considera que o THAAD "protege melhor o território sul-coreano e as forças norte-americanas que ali se encontram".

 

 

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por DD às 16:39


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