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O “Daesh” é uma encarnação da seita muçulmana que deu origem ao vocábulo assassino nas línguas latinas por via da forma como cultivavam como ninguém essa “arte” e a cultivam hoje em larga escala. O nome vem de “Asasiyun”
A origem etimológica do vocábulo “Asasiyun” vem da designação de fiéis a “Asas” com o significado de “Fundação da Fé” derivado de “Assass” que queria dizer “os fundamentos da fé islâmica” e resultou de uma seita fundada por Hassn Ibn Sabah, “O Velho da Montanha” denominada de islaemismo.
Para as três religiões do livro, as do seu deus único, a morte faz parte do prólogo das suas doutrinas da fé.
Em Abraão com judaísmo, a morte e matar são símbolos da fidelidade sem mácula a Jeová, ou seja, ao criador supremo.
Para os seguidores de Alá, manifestado por Maomé, a religião muçulmana é a da Paz e Amor, mas só depois de limpas as sociedades dos seus elementos impuros, descrentes de uma ou outra forma de adorar a Alá, pelo que matar, cortar cabeças é sinal indubitável de serem “Asas”, fiéis à fé.
A doutrina cristã seguiu a via da vítima e do sofredor, simbolizada na crucificação. Não é matar, mas deixar-se matar e sofrer os males do Mundo o símbolo da sua fé. Claro que ao longo da história nunca foi assim, a começar pelo longo período da inquisição que matou e queimou em vida muitos dos chamados “impuros”.
Há muita semelhança entre o “Estado Islâmico” do Califa Ibrahim e os discípulos de Hassan-i Sabbah denominados “Asasiyun”, cuja prática de assassinar pessoas criou o étimo assassino nas línguas latinas.
Curiosamente, eram habitantes da região onde hoje atua o “Daesh” no Próximo Oriente, ou seja, nas cidades da Síria, Irão, Mesopotâmia e Egito e tinham a sua sede na fortaleza de Alamut perto da atual Teerão. Aí utilizavam um uniforme branco com um cordão vermelho em torno da cintura, mas nas cidades em que não dominavam disfarçavam-se de mendigos, levando uma vida sem suspeitas até receberem ordens para atacar. Então aproximavam-se da sua vítima em número de três. Dois atacavam com punhais ou espadas que traziam escondidos nas mangas e se não conseguiam assassinar rapidamente a vítima, o terceiro elemento completava a tarefa com mais umas punhaladas. Atuavam nos mercados, nas ruas estreitas, nos palácios e nas mesquitas, lugar preferido para matarem por as pessoas estarem mais relaxadas a rezarem sem se preocuparem com a sua defesa pessoal.
Até o Sultão Saladino tentaram matar.
A sua fortaleza de Alamut manteve-se na sua Ordem desde 1097 até 1200 quando foi conquistada pelos mongóis, enquanto o seu nome era corrompido para “Hassin” e chegaram a conquistar vários castelos na Síria e no Iraque.
Os Assassinos resultaram de uma disputa sucessória no Califado Fatímida, uma dinastia xiita que governou o Norte de África, incluindo o Egito.
O fundador da seita dos Assassinos, Hassan ibn Sabbah” recusou-se a reconhecer o novo califa al-Musta’li, apoiando o irmão mais velho, Nizar.
Depois de expulsos da região com a destruição da fortaleza de Alamut, os “Hassin” ofereceram os seus serviços aos turcos, infiltrando-se na Constantinopla bizantina, onde colhiam informações e assassinavam muitos comandantes cristãos, dando uma importante ajuda ao desaparecimento do Império Bizantino.
Os iranianos sentem-se ameaçados pelos novos “Hassin” que surgiram precisamente para combater o xiismo e impor o Califa Sunita Nizan no Império Fatamida.
Se atentarmos a estes fatos históricos tão longínquos, parece que o terrorismo islâmico tem um precedente histórico notável. Na verdade, o islamismo devoto e religioso não existe mais, pelo menos, publicamente. O que se vê atualmente no Iraque, no Irão, na Palestina e em muitas comunidades islâmicas, é o regresso da Seita dos Assassinos.
Os lideres do “daesh” atual são como os do Sinan antigo: sacrificam os seus seguidores pelos seus interesses políticos; assassinam populações inteiras por uma falsa causa religiosa; e não poupam nem seus os seus compatriotas, se é que os tinham, quando o sentido é apenas a imposição totalitária e pessoal de poder.
Nessa época das cruzadas, os Asasiyn colaboraram também com os Cavaleiros de Cristo e um dia quando um dos chefes templários visitou o castelo de Ibn Sabbah; este, para provar o seu poder, ordenou a um dos seus súbditos para se atirar do cimo de uma torre, sacrificando a vida por puro exibicionismo.
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