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Unidades do Estado Islâmico atacaram o campo de refugiados palestinianos e sírios de Jarmuk perto de Damasco, a capital da Síria.
Neste momento travm-se combates ferozes entre palestinianos da PLO e combatentes islâmicos do Califado. Israel deve esfregar as mãos de contentamento por ver dois dos seus inimigos matarem-se uns aos outros.
Também o presidente Assad da Síria deve estar satisfeito porque o campo com os 150 mil refugiados que já teve era um perigo para a sua posição na capital porque muitos dos refugiados estão armados.
Curiosamente, aviões de combate americanos tentaram impedir o avanço dos combatentes islâmicos para o sul, portanto para Damasco, lutando a favor do ditador da Síria que já disse querer falar com o governo americano.
O campo de Jarmuk esteve cercado pelo exército ao serviço de Assad desde 2013 e em 2014, os refugiados palestinianos chegaram a um acordo com Assad para a saída dos rebeldes sírios, o que tem sido feito até agora. Muitos morreram por falta de alimentos e medicamentos.
A provável conquista do campo coloca os jihadistas às portas de Damasco com a possibilidade de assaltarem a capital e tornarem toda a Síria como parte do seu Califado, dado que há algumas zonas dominadas pela Al-Qaeda com a sua afiliada Frente Nusra que quer o mesmo que os jihadistas do Califado, mas estes não querem partilhar o poder seja com quem for.
A tática do Califado é avançar de surpresa para novas zonas ainda pouco defendidas. Ao chegarem a Damasco compensam as derrotas sofridas no Iraque, nomeadamente a perda da cidade de Tikrit.
No aspeto estratégico, a guerra contra toda a gente dos jihadistas leva a uma considerável atrição ou desgaste que é tanto mais grave quanto não possuem ligações a uma potência que forneça munições e material militar para substituir o que se gasta. Uma conquista de surpresa e muito rápida proporciona sempre uma certa quantidade de material apreendido, mas uma guerra defensiva de desgaste não é suportável como se viu em Kobane, Tikrit e em muitas aldeias iraquianas.
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