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Guerra, Estratégia e Armas



Quinta-feira, 11.08.22

A Morte do Líder da Al Qaeda

 

A morte do líder da Al Qaeda Ayman al Zawahri foi um lamentável ato de guerra como são todas as atividades bélicas, mas justificável à luz do direito internacional internacional pelo seguinte: Os americanos assinaram o acordo de Doha de cessar fogo e Paz com os Talibãs do Afeganistão, aceitando a sua principal reivindicação que era a saída imediata do Afeganistão. Passadas poucas semanas da assinatura do acordo as tropas americanas começaram a sair sem combate de parte a parte e os Talibãs avançaram impelidos pelo colapso total do bem armado exército do governo pró-americano de Cabul. Os talibãs prometeram uma amnistia total desses militares e de todos os colaboradores das forças ocidentais que retiraram imediatamente, incluindo o pessoal das embaixadas. Nos gigantescos Galaxy saíram muitos tradutores e intérpretes que trabalhavam para os americanos e outras nações, incluindo naturalmente agentes afegãos da CIA ou outros serviços de informação americanos. A saída foi caótica sem tempo para organizar todos os voos necessários e vimos fotos de afegãos agarrados a rodas de avião para irem de qualquer maneira para fora. Os talibãs não quiseram a dado momento que todos saíssem, pelo que os primeiros aviões levantaram voos com muitas famílias deitadas nos porões de carga porque nem foi possível arranjar colchões ou sacos cama.

Da parte dos talibãs foi assumido o compromisso do total cessar fogo que implicava não permitir que no solo afegão se instalassem forças dispostas a continuar a guerra iniciada no 11 de Setembro de 2001, portanto, a Al Qaeda não deveria ter no Afeganistão um Estado Maior e um comandante e campos de treino e preparação de atentados. O comandante máximo era Ayman al-Zawahiry, sucessor de Bin Laden. Um homem vigiado pelos serviços de inteligência americanos que sabiam que esteve refugiado na fronteira com o Paquistão numa perigosa zona tribal, circulando entre um e o outro país. Na saída apressada não saíram todos os colaboracionistas dos americanos pelo que um serviço americano foi informado que uma moradia blindada situada perto da antiga embaixada americana em Cabul, também evacuada, foi ocupada por um líder talibã, o Siraluddin Haagani, indigitado para ministro do interior. Logo a seguir, os agentes dos EUA informaram que a família do comandante da Al Qaeda se mudou para a referida moradia, designada anteriormente por casa forte e localizada na zona verde altamente protegida. E depois o próprio líder. Os americanos conheciam muito bem as coordenadas da referida habitação e detetaram facilmente a partir de satélites e do drone Reaper que filmou a vida do Zawahiri, nomeadamente o seu hábito de dar uma volta a pé pela redondeza e ficar sentado à frente da sua casa e na varanda todos os dias quase sempre à mesma hora. A força militar A Al Qaeda nunca deixou de estar em guerra e cometeu numerosos atentados em Mombaça, Bali, Ryad, Jakarta, Istanbul e Moçambique, estando aí por de trás dos ataques em Cabo Delgado contra os moçambicanos, desrespeitando o Alcorão que proíbe expressamente que um muçulmano mate algum praticante da sua religião. A presidência americana percebeu que estava a ser alvo de críticas de os EUA ter sido derrotado no Afeganistão e estar em decadência em conjunto com a Europa como afirmam constantemente os militantes os PCP. Essas afirmações são um convite a uma demonstração de força no sentido de negar aquilo que parecia ser uma evidência.

Assim, os americanos resolveram atacar o al-Zawahiri com o drone Reaper lançador de mísseis Hellfire e resolveram atacar com duas armas de tempos diferentes, o drone com mísseis e faca de ponta e mola.

O drone Reaper é praticamente um avião sem piloto com 20 metros de envergadura orientado pelo GPS de alta precisão e construído de forma a ser invisível aos radares. Asas muito finas e carlinga como que dividida em dois corpos ligados num espaço afiado que não reflete as radiações dos radares, além de não utilizar metais, mas sim materiais compósitos invisíveis ao radar. O Reaper pode voar durante 27 horas a velocidades entre os 300 e os 400 km/h, percorrendo 8.50

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etros. Foi daí que orientado pelo GPS de alta precisão lançou um Hellfire sem cabeça explosiva, mas com seis facas de ponta e mola que se abrem junto ao alvo e em rotação vingaram-se pela segunda vez dos mais de 3 mil mortos das torres gémeas sem ferir ou matar qualquer pessoa da família ou vizinhança nem destruir a habitação. Já tinha feito isso contra um comandante do Irão que dirigia as operações clandestinas de ataque fora do Irão. O míssil entrou pelo tejadilho do carro e deve ter liquidado os ocupantes sem destruir o resto da viatura.

 

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por DD às 19:34



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