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Guerra, Estratégia e Armas



Segunda-feira, 12.11.18

Dieter Dellinger: Serão as Elites Necessárias?

 

 

Faz hoje 100 anos que terminou o até então maior massacre bélico da História da Humanidade que levou à morte mais de dez milhões de jovens soldados das diversas potências. Durante um pouco mais de quatro anos mataram-se mutuamente sem que ninguém tinha nada contra o outro que matou.

A I. Guerra Mundial - quase sem motivo - resultou de um processo iniciado com o assassinato em Serajevo do casal herdeiro da Império Austro Húngaro, mas tinha atrás de si um historial de corrida aos armamentos que as falsas elites dirigentes não souberam lidar nem perceberam o seu caráter letal. Daí que esta guerra tenha feito desaparecer três imperadores e as respetivas cortes de nobres sem qualidade e ainda hoje pergunta-se “temos necessidades de elites” e o que são essas pessoas que de uma ou outra forma são colocadas à dirigir nações e grandes empresas.

Famílias de industriais como Krupp e outras desenvolveram as suas metalurgias mais no sentido bélico que pacífico após a construção de uma vasta rede caminhos de ferro, comboios e pontes em toda a Europa.

Feita a obra, parece que tinha surgido a necessidade de a destruir para que as economias e fortunas continuassem a crescer. O desemprego evitava-se com o “aborto” tardio de milhões de jovens soldados, quase todos com a bênção das várias igrejas que de Moscovo a Paris e de Londres a Istanbul rezavam pela alma dos mortos e pela salvação dos vivos com menos êxito, é claro.

Os velhos generais e marechais formatados pela história das guerras napoleónicas não perceberam o que poderiam fazer com as armas modernas ou cada um julgava que era o único detentor da moderna artilharia e das metralhadores e espingardas.

Com a mobilização de todas as potências e ultimatos que se cruzavam nos telégrafos, toda a gente dos Perineus aos Urais entrou em guerra.

Os franceses entraram na guerra com calças vermelhas e dolmans azuis, o que ficava muito bem nas paradas militares, mas serviam de alvo a todos os atiradores, pelo que tiveram de passar rapidamente a utilizar tecidos cinzentos pardos. Os alemães foram para guerra como que comandados por um morto, o Marechal Schliefen que gizou os planos de guerra e falecera dois anos antes. Os russos foram comandados pelo Grão Duque Nikolay, tio do Czar, e que desconhecia os planos elaborados pelos generais russos. Dava ordens sem conhecer a tabuada militar

A velha tática militar era a da movimentação rápida com cavalaria armada de lança ou espada e artilharia muito eficaz para tropas descobertas no terreno, mas pouco para os soldados entrincheirados.

As metralhadoras arrasavam a cavalaria e bastava, por vezes, um metralhador com um ajudante para liquidar um esquadrão inteiro de cavalaria ou uma companhia de infantaria que queria atacar á baioneta como lhe tinham ensinado nos quarteis.

Em termos mais estratégicos, os franceses tinham a sua fronteira com a Alemanha bem guarnecida de fortins, mas nada na fronteira com a Bélgica e foi por aí que os alemães entraram e chegaram até perto de Paris para esbarrarem com um poderoso exército de três milhões de soldados entrincheirados. A guerra parou aí e passou a ter como objetivo o desgaste mútuo dos contendores. A vitória deveria pertencer a quem conseguisse matar mais e até os partidos socialistas e radicais de esquerda alinharam na guerra sem perceberem que estavam a ser comandados por idiotas ignorantes acoutados em Estados Maiores longe das frentes de batalhas a escrevinharem estatísticas entre duas taças de café ou chá.

A classe operária que incluía mulheres mobilizadas para as fábricas de recurso fabricava quantidades astronómicas de munições e armas para matarem os mais jovens operários dos outros lados.

A guerra acabou quando os operários, soldados e marinheiros alemães disseram não e revoltaram-se contra os seus almirantes e marechais. Não foram acompanhados pelas outras classes operárias, exceto a russa que foi a primeira a dizer não, e daí que a rendição alemã tivesse sido assinada numa carruagem de caminho de ferro a 11 de novembro de 1918 que ficou como memorial para ser utilizada vinte e dois anos depois para a rendição ao contrário, ou seja, da França perante o ditador Hitler.

Quando as elites educadas para governarem, mas sem qualidades, desapareceram surgiram outras de origem plebeia e convencidas de que eram a guarda avançada do futuro. Ignorantes, analfabetas, assassinas e más levaram o Mundo para outra guerra.

Fica a questão crucial. Precisam as sociedades humanas de elites para fazer outras guerras ou simplesmente destruir o planeta com os dejetos de uma indústria que obedece a uma ideia estúpida de que as economias têm sempre de crescer para felicidade dos povos ou só dos mais ricos.

 

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por DD às 14:16

Domingo, 11.11.18

Os Alemães ou Americanos podem estar a enganar os portugueses

 

 

O Diário de Notícias revelou que nos estaleiros do Arsenal do Alfeite (AA) entraram esta quinta-feira num novo patamar da sua atividade, ao receberem pela primeira vez um submarino da classe Tridente para reparar um tubo lançador de armas onde se detetou a entrada de água.

Na minha opinião, admito que o submarino tenha navegado à superfície e a meter água por um tubo lança torpedos ou mísseis em mergulho profundo poderia ser o seu fim e a morte de uma guarnição inteira.

A reparação vai decorrer dentro da garantia e ocorre semanas após o submarino ter regressado dos estaleiros alemães de Kiel, onde esteve vários meses a ser objeto da primeira revisão intermédia, explicou ao DN o porta-voz da Marinha, comandante Pereira da Fonseca.

Eu falei com uma pessoa da Marinha que me disse que nunca houve unidades navais que envergonhassem tanto a Armada portuguesa por causa de tudo o que é dito acerca da corrupção dos 30 milhões comprovada na Alemanha com a condenação de dois administradores da empresa vendedora a 2 anos de cadeia e ao pagamento de uma indemnização de 144 milhões no caso de ter havido a condenação de um decisor português. A PGR e o DCIAP ainda quiseram tornar arguido um advogado português que deve ter redigido os contratos, mas viram logo que o jurista fez o que lhe mandaram fazer e não teve parte ativa na decisão nem em qualquer acordo de pagamento de comissões.

Os estaleiros ThyssenKrupp Marine Systems (TKMS) dizem que querem que o Arsenal do Alfeite (AA) seja seu parceiro para reparar submarinos de países terceiros construídos na Alemanha, revelou ao DN a presidente da empresa, Andreia Ventura.

O negócio promete traduzir-se em “milhões de euros” para os estaleiros portugueses, tendo em conta o número de países com submarinos alemães e os valores que o AA vai receber, a partir de 2020, por reparar e manter os dois navios portugueses Tridente (fabricados pela TKMS em Kiel): cerca de cinco milhões de euros nas pequenas reparações e 25 milhões nas intermédias - mais o conhecimento, competências e experiência dos seus profissionais (engenheiros, mestres, operários).

 

Andreia Ventura, tendo participado em reuniões realizadas na semana passada em Lisboa com uma delegação da TKMS, explicou que o objetivo destes estaleiros de Kiel passa por subcontratar o AA ao longo da década de 2020, ano a partir do qual ficam responsáveis pela manutenção e reparação dos submarinos portugueses.

Note-se que o primeiro dos submarinos, o Tridente, já está em manutenção nos estaleiros de Kiel. O processo está a ser acompanhado por elementos do AA, a obter formação para fazerem o mesmo no Arpão em 2018 e no Alfeite - sob supervisão dos técnicos alemães.

 

Os responsáveis germânicos assinaram um contrato de prestação de serviços com o AA e outro para formar 12 funcionários portugueses. Depois foram ao Ministério da Defesa e ao Estado-Maior da Marinha, onde disseram que "apoiavam e acreditavam no AA" para atuar como estaleiros subcontratados da TKMS, referiu Andreia Ventura.

O Ministério e a Marinha adiantaram ao DN que a TKMS - uma companhia que se apresenta "com mais de 300 anos acumulados" de tecnologia e engenharia "Made in Germany" - lhes apresentou os projetos de parceria com o AA para a manutenção dos navios portugueses e de formação profissional.

Este será "um processo gradual de transferência de know-how" e envolve "um investimento de quase um milhão de euros" na formação dos elementos enviados para Kiel, lembrou a presidente do AA.

Vários fatores - além de eventuais considerações de natureza política - jogaram a favor da opção germânica, referiu Andreia Ventura: ser "uma empresa competitiva, porque a mão-de-obra é mais barata que a alemã"; a sobrelotação dos estaleiros alemães "durante uma década", com a construção de mais navios; a existência de espaço para esse efeito após as obras de alargamento da doca seca (dos 138 metros para os 220); a localização geográfica na ponta sudeste da Europa, poupando tempo e dinheiro aos clientes.

Note-se que os estaleiros do AA são de construção alemã (contrapartidas da I Grande Guerra) e estão quase a comemorar 78 anos.

Àquele conjunto de vantagens juntam-se "a capacitação" técnica do pessoal e "a vontade" do AA - as quais implicam investir tanto na formação dos seus engenheiros, mestres e operários como na modernização das infraestruturas, o que já começou a ser assegurado pela tutela política no final do ano passado ao transferir 10 milhões de euros para o Arsenal.

O Brasil, que tem cinco submarinos alemães e dois deles vão necessitar de fazer reparações dentro de três a cinco anos, poderá ser o primeiro dos países estrangeiros - e em particular da América Latina - com esse tipo de navios alemães a utilizar o AA, admitiu outro responsável da empresa ao DN.

Nesse período, acrescentou esta fonte, os estaleiros de Kiel - mais vocacionados para a área da construção naval - "não terão os recursos necessários" para assumir essas responsabilidades e por isso está na mesa a subcontratação dos estaleiros portugueses pela TKMS.

 

Nota de DD: “Um milhão para formar 12 especialistas operacionais e mais uns 30 milhões para a aquisição de equipamento técnico para fazer a manutenção dos submarinos que é algo que o DN não diz, mas deve saber bem. Também deve saber que os 30 milhões terão sido roubados pelo Ministro da Defesa que fez a aquisição dos submarinos, pelo que ainda têm de ir à Alemanha para manutenção, o que custa uma fortuna, tanto na viagem como em trabalhos com pessoal alemão muito bem pago. A notícia em si destina-se a atirar areia para os olhos dos portugueses e desviar

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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por DD às 00:13


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