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O porta-aviões Harry S. Trumann tem estado no Mediterrâneo Oriental desde Junho passado para apoiar os ataques aéreos ao Daesh, tendo já tido um quase incidente bélico com uma fragata russa que tentou impedir a manobra do porta-aviões. A fragata americana USS Groves colocou-se entre o porta-aviões e o navio russo para o obrigar a desviar o seu curso da linha de navegação do Harry S. Truman. Os russos acusam a fragata americana de não ter respeitado as regras de navegação, o que sendo verdade resultou da necessidade de proteger um dos maiores navios de guerra americanos na sua capacidade de manobra que implica muito mais espaço marítimo. A presença de um navio de guerra russo à frente do porta-aviões americano foi quase um ato de guerra, pelo que, nessas condições, não há regras pacíficas de navegação. Os EUA não permitem que navios de qualquer nação se aproximem demasiado dos seus gigantescos porta-aviões.
O Harry S. Truman faz parte da classe Nimitz que é constituída por dez super porta-aviões, movidos por energia nuclear, ao serviço da Marinha dos Estados Unidos. Com um deslocamento aproximado de cem mil toneladas,[2] são os maiores navios de guerra da atualidade.[1] O uso da energia nuclear proporciona uma autonomia ilimitada, entre reabastecimentos a cada 20 a 25 anos de vida útil operacional, permite ainda pela libertação de espaço outrora utilizado pelo combustível de origem fóssil usado na propulsão do navio, uma maior e melhor organização e gestão do armazenamento de outros consumíveis, como combustível para aviação e ou munições, espaçando assim a necessidade deste tipo de suprimentos.
Todos os navio da classe foram construídos nos estaleiros Northrop Grumman Newport News, os únicos no mundo ocidental providos de espaço e tecnologia para tal. Os navios possuem uma vida operacional expectável superior a cinquenta anos e necessitam, de aproximadamente cinco a seis anos desde o assentamento da quilha até ao seu comissionamento provisório, para serem completados, incluindo neste período a instalação de equipamentos e os testes de mar, por um custo médio de seis mil milhões (seis bilhões) de dólares (preços de 2006).
A posse de 10 unidades da classe Nimitz proporciona uma certa superioridade naval americana, mas não tanto como se admite, já que há sempre uma unidade em prolongada manutenção nuclear e geral e duas a três em manutenção mais reduzida. Portanto, apenas 6 a 7 unidades é que estão disponíveis a partir do Pacífico e do Atlântico
Nome: | Classe Nimitz |
Construtor(es): | |
Unidade inicial: | |
Unidade final | |
Em serviço: | 1975 até ao presente |
Operadores: | Marinha dos Estados Unidos |
Construídos: | 10 |
Ativos: | 10 |
Características gerais | |
Tipo: | Porta-aviões nuclear |
100 000 t | |
Comprimento: | |
Boca: | 76,8 m ao nível do convés 40,8 m na linha de flutuação |
11,3 m | |
Propulsão: |
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Velocidade: | 30+ nós (56+ km/h) |
Autonomia: | ilimitado (20-25 anos) |
Sensores: |
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Armamento: |
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Aeronaves: | 85 a 90 aeronaves de asa fixa e helicópteros[1] |
O Harry S Truman, CVW-7, transporta nove esquqdrões aéreos de combate, vigilância e salvamento que são os seguintes:
.The “Pukin’ Dogs” of Strike Fighter Squadron (VFA) 143 flying F/A-18E Super Hornets; .
The “Jolly Rogers” of VFA-103 flying F/A-18F Super Hornets; .
The “Rampagers” of VFA-83 flying F/A-18C Hornets; .
The “Fist of the Fleet” of VFA-25 flying F/A-18E Super Hornets; .
The “Nightdippers” of Helicopter Sea Combat Squadron (HSC) 5 flying MH-60S Sea Hawks; .
The “Rawhides” of Fleet Logistic Support Squadron (VRC) 40, Det. 1 flying C-2A Greyhounds;
The “Wallbangers” of Airborne Early Warning Squadron (VAW) 117, flying E-2C Hawkeyes; .
The “Patriots” of Electronic Attack Squadron (VAQ) 140 flying F/A-18G Growlers; .
The “Proud Warriors” of Helicopter Maritime Strike Squadron (HSM) 72 flying MH-60R Sea Hawks
Segundo a agência de informações síria Sana, o ministro da Defesa russo visitou a Síria no passado dia 16 para observar a atividade militar russa contra o Daesh ou Estado Islâmico e ver as obras de alargamento e reforço da base aérea Hmeinim utilizada pelos aviões de bombardeamento russos.
A visita foi organizada por Putin, mas enquanto o presidente russo diz que as suas forças atacam só os terroristas do Daesh surgem queixas respeitantes a ferozes ataques aéreos contra posições do “Novo Exército Sírio” constituído por militares moderados oriundos em grande parte do próprio exército do ditador Assad e apoiados pelos EUA. Muitos diplomatas americanos lamentam que Obama não tenha apoiado mais cedo esse “Novo Exército Sírio” e que há o perigo de um confronto entre forças apoiadas pela Rússia e outras apoiadas pelo Ocidente, já que Putin está inteiramente ao lado do ditador Assad.
Para evitar o afluxo excessivo de refugiados sírios à Europa, torna-se necessário derrotar Assad e apoiar o retorno dos sírios às suas casas com apoio monetário para a reconstrução das cidades há muito destruídas pelo ditador dinástico que iniciou há quatro anos atrás uma guerra contra o seu povo que produziu mais de dois milhões de refugiados e um número enorme de vítimas mortais.
Os americanos estão a utilizar com êxito os seus drones contra forças do Daesh e até do ditador, mas os pequenos drones disparam apenas os mísseis Hellfires com uma carga explosiva de poucos quilos que tem permitido destruir veículos do Daesh nas estradas dos desertos e postos de controle, campos de treino e comandantes militares. Nas cidades, os mísseis não são muito eficazes por haver proteção em tuneis e os americanos não quererem provocar danos colaterais nas populações civis.
O “Novo Exército Sírio” aliou-se às tribus do sul da Síria, estando aí a combater as forças do ditador.
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