Guerra, Estratégia e Armas

Na passada terça-feira, as forças especiais de segurança do Iraque repeliram um ataque dos islâmicos do ISIS a sul da cidade de Fallujah.

Outro ataque foi repelido no quartel-general do exército iraquiano em al-Naimiyah com a morte de 4 islâmicos jihadistas e destruição de 4 veículos, o que obrigou-os a abandonarem de vez a cidade de Falujah.

No mesmo dia, o noticiário Iraki News informou que a aviação iraquiana destruiu uma coluna de veículos dos Jihadistas e o Movimento Nejab atacou os restos da coluna, liquidando mais de 300 fanáticos.

As baixas e perdas em material são terríveis para os militantes do Estado Islâmico, principalmente na província iraquiana de Anbar e nas regiões mais a sul, perto de Bagdad por não terem aí depósitos ou fábricas de armas e munições e, menos ainda, vias de acesso a eventuais fornecedores.

Não se sabe se nas zonas fronteiriças com a Turquia, os jihadistas recebem materiais da Turquia que está desejosa de ver os Curdos sujeitos a um holocausto semelhante aos dos arménios há um século atrás. Só que os curdos e as curdas de todas as idades podem não estar bem armados, mas estão decididos a venderem as suas vidas por um preço muito alto que causaria um atrito demasiado forte aos islâmicos.

A guerra pode durar algum tempo mais, mas a vitória dos islâmicos não parece provável apesar da sua estratégia de terror que lhes tem garantido alguns êxitos, principalmente na Síria em que toda a gente está cansada de guerra.

 Coluna Islâmica destruída pela aviação iraquiana

A China está a instalar uma “muralha de areia” no Mar da China meridional, nomeadamente junto às ilhas Sprateley que ultrapassam largamente as águas territoriais chinesas, sendo antes malaias, filipinas, indonésias, do Brunei, etc.

São seis ilhas artificiais instaladas em recifes submersos de corais cobertos artificialmente com cimento e muita areia dragada de zonas próximas, estando de uma forma alinhada que permite a afirmação de se tratar de uma espécie de muralha. Até agora terão já ocupado 4 km2, mas continuam as obras para mais ilhas deste tipo. No recife Hughes, a ilha lá instalada tem já uma torre de defesa antiaérea e uma base de helicópteros.

O almirante americano Harry Junior, comandante da frota do Pacífico, alertou já para o perigo da militarização dessas ilhas e do agravamento da situação conflitual com os vizinhos da Malásia, Vietname e Oriente Insular porque o objetivo é reivindicar todos os pequenos arquipélagos existente próximos do Borneu e do Vietname para se tornar proprietária daquele mar, eventualmente rico em petróleo.

Sucede que a Alemanha entrou no fabrico de petróleos sintéticos extremamente puros obtidos a partir do CO2 da atmosfera ou de centrais a carvão que se tornarão não poluentes. Trata-se ainda de uma atividade experimental, mas, na minha opinião, tudo indica que a exploração subaquática de petróleo pode ter os dias contados devido ao seu alto custo. Há quem afirme que a queda do preço do petróleo se deve também à possibilidade do fabrico de hidrocarbonetos sintéticos que com o barril a 50 dólares serão mais caros de produzir, mas os governos têm a possibilidade de isentar de impostos os sintéticos de fabrico nacional e assim eliminar a concorrência do petróleo bruto natural extremamente poluente.

A agressividade expansionistas chinesa levou a que há tempos as Filipinas tenham pedido aos EUA para ocuparem de novo uma base naval no seu arquipélago e a uma aproximação muito intensa do Vietname com os EUA. Contudo, a China não pode estar em dois mundos; no do poder militar e no da economia dos mercados mundiais. Qualquer avanço militar pode redundar em sanções económicas e muitos países do Mundo Ocidental estão desejosos de criar algumas barreiras às exportações chinesas que tanto desemprego provocam nos países da União Europeia e EUA.